Friboi e o rei deposto
por Augusto Fagundes
Uma despedida já anunciada. Assim se define o fato do frigorífico JBS colocar um fim no contrato com o “rei” Roberto Carlos.
No início deste ano, a JBS anunciou a contratação do cantor como uma jogada de mestre. Afinal poucas foram as marcas que conseguiram tê-lo como garoto propaganda.
Mas o mote “voltei a comer carne”, parece não ter funcionado. Seu primeiro comercial foi considerado uma piada nas redes sociais, tamanha a falta de naturalidade.
A JBS teve então uma solução: sai o “rei”, ficam as canções. E neste contexto, o ator Tony Ramos (já considerado um ícone da marca) invadia as situações do cotidiano embalado pelas canções do “rei”.
Meses depois, a Friboi encomendou uma pesquisa, em que se constatou o obvio: Roberto Carlos não agradou. As pessoas não confiavam nele, faltou empatia... verdade.
Dessa forma a JBS decidiu cancelar o contrato, que deveria durar até o fim de 2015, já em julho deste ano.
Só agora a notícia vem à tona, após o cantor acionar a justiça para receber sua alta multa rescisória. Um prejuízo para ambos.
Fica então a conhecida lição à JBS: em time que está ganhando não se mexe.
Com Tony Ramos, a marca conseguiu evidência e empatia, mesmo quando Tony se tornava motivo de piadas na internet.