A propaganda das Pílulas Rosadas do Dr. Williams, veiculada na Revista Careta em 26 de setembro de 1931, promove um remédio destinado a pessoas pálidas e que sofrem de várias condições de saúde, como anemia, fraqueza geral, dificuldades digestivas, reumatismo, ciática, gripes e resfriados. O anúncio também destaca o produto como um "restaurador do sangue" e um "tônico nervino", voltado principalmente para as mulheres e afecções do sangue e nervos. Além disso, oferece gratuitamente livros informativos sobre enfermidades do sangue, desarranjos nervosos e dieta.
Analisando a peça, percebe-se o foco em condições amplas e sintomas comuns da época, muitas vezes não bem compreendidos cientificamente. O anúncio utiliza uma linguagem que sugere um efeito quase milagroso do produto, uma tática recorrente em propagandas de medicamentos do início do século XX. A promessa de cura para uma ampla gama de doenças reforça uma visão simplificada da saúde, apelando ao público através da oferta de literatura gratuita e conselhos confidenciais, especialmente direcionados às mulheres, que eram frequentemente vistas como mais vulneráveis a essas condições. A estética e os argumentos utilizados refletem as limitações médicas da época e o marketing agressivo de produtos farmacêuticos.