Objetos do Baú: Discman
Numa era em que todo mundo baixa música à vontade no computador e o MP3 faz a festa de quem curte um bom som, não custa nada usar uns minutinhos de seu dia para prestar uma homenagem ao glorioso Discman. Criado nos anos 80 pela gigante japonesa Sony, ele marcou presença nos anos 90 aqui no Brasil.
Ouvir um CD fora de casa era um sonho distante para muita gente. Primeiro, pela falta de um aparelho capaz de reproduzir o som. Depois, pelo preço exorbitante que o Discman chegava às lojas. A solução, ao menos em meu caso, era dar um jeito de pedir emprestado um fone de ouvido a algum amigo que tivesse o aparelho.
Apesar de ter feito história, o Discman não era uma coisa perfeita. Até por isso ele também ficou eternizado. Nos primeiros modelos, a preocupação número 1 era com a quantidade absurda de pilhas que o bendito consumia. Depois que inventaram as pilhas recarregáveis, a situação deu uma melhorada e as finanças agradeceram.
Quando o dono de um aparelho desse tentava ouvir o CD de preferência no ônibus, era um 'Deus nos Acuda' digno de oração. Se o motorista resolvesse encarar uma rua de paralelepípedo de forma agressiva ou nem ligasse para uma lombada, o som começava a pular na hora e a música ganhava remixagem gratuita.
Fóruns e comunidades que reúnem fãs saudosistas da Sony (e também de outras marcas) garantem que a empresa japonesa pensa em colocar a marca Discman de novo no mercado. Sinceramente, acho que nem precisa. O nome representa a era que não volta mais. Deixa saudade. Mas agora não faz mais falta. Culpa do MP3.
Fonte: Velharia Digital