Malefícios da Coca-Cola na publicidade
Pesquisa feita pelo Ibope em 1954 revelava que naquele ano apenas 7,5% dos habitantes do Rio de Janeiro, então capital do país, bebiam Coca-Cola. O líder de mercado era o Guaraná Antarctica, com 46% das preferências.
A Coca-Cola não era bem vista pelos donos de bar, pois, além de preta, cor inédita para refrigerantes, precisava ser consumida gelada, e os refrigeradores, em sua maioria movidos a querosene, não ajudavam. O problema era agravado com boatos e anúncios (apócrifos) em jornais em torno dos potenciais malefícios da bebida sobre o organismo.
Para reagir, a multinacional adotou o slogan “Coca-Cola – Isto faz um bem” e passou a ressaltar a qualidade do produto. Enquanto isso, o Guaraná Antarctica minimizava a força da concorrência e em seus anúncios citava até Rui Barbosa para dizer que “não admitia confrontos”. A estratégia da Coca-Cola, aliada ao desdém do concorrente, deu certo. O refrigerante se tornou e até hoje é líder de mercado.
Fonte: Almanaque