Quando a Propaganda Joga Contra

Não é de hoje que campanhas publicitárias tentam reverter imagens negativas de esportistas
Nesta semana um “pedido de desculpas” de Neymar ganhou repercussão. Tudo porque o camisa 10 da seleção decidiu se posicionar sobre seu desempenho na Copa do Mundo da Rússia, um pouco tarde por sinal. 

Mais do que por seu posicionamento tardio, as críticas pesaram pelo patrocínio deste seu “comunicado”. Amparado pela Gillette, uma locução do jogador e dezenas de fotos em preto e branco conduziram o lamento, durante 1 minuto e meio no intervalo do programa Fantástico, da Rede Globo


Não deu outra, se a imagem do craque já estava comprometida com o público, dessa vez piorou. 

Esta não é a primeira vez que o Fantástico é utilizado para aliviar a barra de um atleta. Em 2008 Ronaldo Nazário se utilizou do programa para se redimir com a opinião pública quando se envolveu num escândalo sexual. 

Neymar também não é o primeiro atleta a recorrer a um patrocinador para melhorar sua imagem. Tigor Woods, um dos melhores golfistas do mundo recebeu o apoio da Nike para se redimir em 2010. O curioso é que o vídeo de Tigor Woods também era em preto e branco com uma locução. 


No Brasil, tivemos ainda a famosa “Lei de Gerson”

Em 1976, o jogador Gerson protagonizou um comercial que manchou de vez sua imagem. Não pelo fato de um atleta anunciar cigarros, mas sim pelo mote da campanha. 

“Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também”, dizia o jogador no comercial. O boleiro ainda tentou se explicar e diz ter se arrependido de ter protagonizado a peça, mas já era tarde demais. A expressão “Lei de Gerson” virou sinônimo de tirar vantagem, principalmente na política. 


Será que temos com Neymar uma “Nova Lei de Gérson”?
artigo de Augusto Fagundes

Nenhum comentário